pequena história da palestina

"Minha consciência está tranqüila com relação ao que estou fazendo, pois não sou o agressor. Estou me defendendo. Tenho o direito de me defender de todas as maneiras. Se alguém quer me matar, tenho o direito de matá-lo. Se querem tomar a minha casa, tenho o direito de lutar com o inimigo. Se querem matar minhas crianças, tenho o direito de lutar. Estou apenas me defendendo. A consciência pesada está com o criminoso, com os terroristas que afastam as pessoas da sua terra e que tomam a sua terra por meio da força. Esse é o verdadeiro terrorista."
Sheykh Ahmed Ismail Yassin (1937 - 2004), líder espiritual do HAMAS


O nome, tradução latina de Filistéia, foi dado pelo Império Romano à região que engloba Israel, Gaza e Cisjordânia. Era habitada por judeus, filisteus e cananeus. No inicio da era cristã, os romanos expulsaram os judeus e destruiram seu templo principal. Com exceção dos judeus que eram uma minoria, todos os outros se converteram ao cristianismo e então ao islamismo.

Essa troca do Cristianismo para o Islamismo se passou no século XIX quando a região era dominada por turcos. Dos 500 mil habitantes, a maioria era muçulmano, existiam uma grande população também de cristãos, porém apenas uma minoria de judeus. Os muçulmanos e cristãos eram arabizados.

Um judeu hungaro, Theodor Herzl, publica um documento que diz que os judeus devem ter sua própria terra. Depois de estudar lugares como Uganda, Argentina e Amazônia, os sionistas escolhem a Palestina para ser a "Terra Prometida"(sionista, de Sion, nome de um monte judaíco situado em Jerusalém). Em 1917, o governo inglês, "dono" da Palestina, arrancada aos turcos na I Guerra Mundial, aprova a criação de um 'Lar Nacional Judeico' naquela terra. O povo árabe se alarma e percebe que, em poucos anos, eles seriam subtituidos por estrangeiros. Diversos conflitos acontecem.

Com a ascenção de Hitler, um enorme montante de judeus, em 1935, entram na Palestina. Ao fim da II Guerra Mundial, o mundo se sentia culpado pela conivência com o Holocausto, e cria Israel: na Organização das Nações Unidas, em Washington, em votação apertada, 33 votos a favor (inclusive do Brasil) e 30 contra, ficou então disposto a 14 de maio de 1948, o mundo ganharia mais dois paises, Israel e Palestina. Hoje chamamos Israel de Estado bandido porque a unica resolução da ONU que acatou foi essa, todas as outras ele descumpre. E foi possível ver nesta última ocupação em Gaza, com o uso indiscriminado de fosfóro branco.

O 14 de maio de 1948 foi para os palestinos uma catástrofe. Milhares foram expulsos para fora do Estado judeu, que em guerra com os vizinhos, conquistou boa parte do território reservado ao Estado palestino. O resto da história é mais conhecido: desde 1967 Israel ocupa toda a Palestina histórica. A Organização das Nações Unidas considera totalmente ilegais as terras conquistadas e votou uma resolução que exigia a retirada de todos os assentamentos israelenses de terras árabes. Israel jamais cumpriu.

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